Presidente da Conmebol compara ausência de brasileiros na Libertadores a "Tarzan sem Chita" e gera polêmica

Uma declaração de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, gerou grande repercussão no Brasil nesta terça-feira (data). O dirigente afirmou que a ausência de clubes brasileiros na Libertadores seria algo impossível, comparando a situação a "Tarzan sem Chita". A fala ocorreu após o sorteio dos grupos da competição, realizado na sede da entidade, em Luque, Paraguai, na segunda-feira.

NOTÍCIAS

Redação Torcida News

3/18/20252 min read

A declaração de Domínguez veio em resposta a uma sugestão de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de que os clubes brasileiros poderiam se filiar à Concacaf em protesto contra as medidas adotadas pela Conmebol no combate ao racismo no futebol. O dirigente, em tom descontraído, rejeitou a ideia:

"Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", disse Domínguez aos repórteres na zona mista.

Polêmica e reação dos clubes brasileiros

A fala do presidente da Conmebol ocorre em meio a um cenário de tensão entre a entidade e os clubes brasileiros, principalmente após a punição ao Cerro Porteño, que foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil) e punido com portões fechados. A decisão, segundo o Palmeiras, demonstra que a Conmebol tem sido "conivente" com atos de agressão e discriminação.

Como forma de protesto, Leila Pereira decidiu não comparecer ao sorteio da Libertadores, sendo representada pelo vice-presidente Paulo Buosi no evento.

Conmebol reforça compromisso contra o racismo

Durante seu discurso no sorteio, Domínguez também abordou o combate ao racismo no futebol, fazendo referência ao caso do jovem torcedor palmeirense Luighi. Em português, ele ressaltou a posição da Conmebol sobre o tema:

"Não posso seguir sem falar de racismo. Um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria eu também de abordar uma questão que nos desafia. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, na sociedade. Mas afeta o futebol. A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser? À dor do Luighi", afirmou o mandatário antes do sorteio.

A escolha do português para o discurso foi uma tentativa de aproximação com o público brasileiro, especialmente após as recentes críticas à Conmebol sobre sua postura no combate à discriminação.

Domínguez pede desculpas por declaração polêmica

Diante da repercussão negativa, o presidente da Conmebol veio a público para se retratar, afirmando que sua intenção não foi desqualificar ninguém:

"Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", afirmou Domínguez.

A declaração não impediu que a polêmica continuasse entre torcedores e dirigentes de clubes brasileiros, que seguem cobrando uma postura mais firme da Conmebol no combate ao racismo e na equidade das decisões disciplinares no futebol sul-americano.

Conclusão

A fala de Alejandro Domínguez sobre a ausência dos brasileiros na Libertadores gerou forte repercussão e levantou um debate sobre a relação entre a Conmebol e os clubes do Brasil. Com uma crescente insatisfação das equipes brasileiras, o futuro da competição pode ser impactado caso as tensões não sejam resolvidas.

O que você acha da declaração do presidente da Conmebol? Os clubes brasileiros deveriam buscar uma alternativa à Libertadores? Deixe seu comentário abaixo!